Podemos dizer que os mais remotos antepassados do homem moderno eram bem poucos, tinham comportamentos e atitudes muitas das vezes atrasadas em relação ao homem moderno, sendo nômades que vagavam pela África, depois pela Europa e Oriente Médio, conforme o que conta a história, em busca de frutos, raízes e bulbos e caçando animais de pequeno porte.
Uma característica interessante de se anotar é que eles só retiravam da natureza o suficiente para sua sobrevivência, interagindo na medida exata com ela, mesmo sem saber, que assim, estavam preservando o ambiente, uma vez que, quando os alimentos rareavam em determinado sítio, se mudavam para outro e davam espaço para que o meio ambiente reencontra-se o seu equilíbrio ambiental perfeito. Agiam por puro instinto e nenhuma consciência ambiental.
Ao longo dos milênios e séculos, os homens começaram a fixar em regiões, deixando de se comportar como nômades e não mais mudando de lugares com a mesma celeridade do inicio de sua história. O homem nesta fase de desenvolvimento começou a inventar e criou as armas, que passam a servir de instrumento para caça de animais de maior porte que outrora não conseguiam abater, pois os temiam devido a sua inferioridade física frente a eles. Desta forma, ao abandonarem a vida nômade, começam a se desenvolver e fixaram-se em áreas propícias ao desenvolvimento de uma nova prática, qual seja, a agricultura, que em tese representaria o início da saga de destruição de florestas, e também de todo o processo de perda de diversidade genética e morte das nascentes e seca de rios.
Entretanto, passam a ter a possibilidade de armazenar alimentos, e resistir a épocas de chuva, frio e seca, onde a caça e colheita de frutos se tornavam ásperas. Sua expectativa de vida começa a crescer, tendo mais sucesso no processo de evolução do que aqueles que insistiram nas tradições ancestrais e arcaicas de caçadores e coletores. O ser humano começa a se aprimorar no seio da sociedade e das regras de convívio social, porém ao custo do meio ambiente começar a padecer, pois toda esta evolução representou um problema sério no que se referia a exaustão dos recursos naturais nas áreas próximas de seus recentes aglomerados urbanos, uma vez que o número de pessoas, por mais tempo, em um mesmo lugar, demandava mais caça e alimentos que deveriam ser retirados de uma mesma área ou então que seriam produzidos em sua proximidade a fim de garantir a sobrevivência local.
A população com o passar do tempo começa a crescer, o que resulta no aumento da área a ser cultivada, pois os estoques de alimentos já não davam para atender a todos. O resultado é a destruição de mais florestas e assoreamento de rios e morte de nascentes para que o terreno pudesse ser cultivado com os gêneros alimentícios de primeira necessidade. Os homens desta fase da humanidade não tinham ainda a dimensão de que os recursos ambientais deveriam ser preservados, acreditando firmemente que a natureza se regeneraria como antes. Suas casas eram simples e sem luxos e as atividades humanas poderiam ser consideradas quando comparadas aos dias atuais como de intervenção mínima no meio ambiente, embora já bem mais significativa daquela vivida pelo perambulante de antanho, e apesar de tudo, a natureza ainda conseguia harmonizar os seus problemas.
Na escalada de desgraças e irresponsabilidades da relação do homem com o meio-ambiente, ocorre a revolução industrial, que marcará para sempre a história da humanidade, sendo um divisor de águas.
A partir dela, o homem começa a produzir em série os bens de consumo, e a natureza passa a ser a fornecedora dos insumos necessários para tal empreitada proposta pela revolução. Assim, quando não era exaurida diretamente pela extração de recursos naturais que serviriam de insumos, sofria os reflexos da produção das indústrias no ar, água e solos que estavam cada vez mais poluídos. As máquinas a vapor surgem nesta época, depois as de energia elétrica e logo o mundo de possibilidades de produção esta a disposição do homem que passa a superar um limite a cada dia. Os homens já não buscavam territórios desconhecidos, passando a transportar milhões de toneladas de produtos ou insumos ao redor do planeta, graças aos motores de combustão interna das embarcações. Os aviões levantavam vôo e com a propulsão a jato cortavam o planeta em poucas horas. A comunicação começa a se tornar instantânea, mesmo quando a continentes de distância. A medicina começa a evoluir e a expectativa de vida prolonga-se para além do dobro, e a engenharia genética, a cada dia, acena com possibilidades de recomposição de órgãos que já quase permitem ao homem pensar na imortalidade. As facilidades e confortos da vida moderna atingem um estágio inimaginável para os antepassados recentes.
Entretanto, a água já começa a faltar, e pode-se atribuir este sério problema a destruição das matas e da morte dos rios provocada pelos processos de erosão e poluição. A substituição das florestas pela monocultura leva a uma perda de diversidade biológica. A poluição do ar, solo e das águas pelos processos industriais, pelas atividades agrícolas e pelo comportamento do homem passaram a ser preocupações cada vez mais presentes, e exigem cada vez mais a edição de normas e de políticas públicas para tentar diminuir ou reverter o desequilíbrio ambiental.
O aquecimento global é destaque dos meios de comunicação, e este leva ao aumento da temperatura média anual do planeta. As geleiras dos pólos estão derretendo, o nível do mar esta subindo, as secas ou enchentes ao redor do mundo e os desastres ambientas são cada vez mais freqüentes e avassaladores ao redor do mundo, e podem ser devido ao efeito estufa causado pelo lançamento de poluentes das indústrias, veículos e outras fontes de emissão de gases poluentes no ar.
Já não se pensa em salvar uma espécie qualquer, que se encontra ameaçada de extinção, mas sim, aquela espécie dominante, o homo sapiens.
Desta forma, o homem precisa colocar toda sua mente e capacidade criativa, e principalmente, agir em conjunto como espécie intelectualmente evoluída que pensa, raciocina, para tentar reverter ou, pelo menos estancar o processo de destruição de seu único habitat possível e de sua própria existência.